sábado, 17 de maio de 2014

O NASCIMENTO DO VISCONDE

O NASCIMENTO DO VISCONDE

Narizinho estava no seu quarto conversando com a Emília .
- Acho que é tempo de mudar. Precisa casar, senão acaba ficando tia. Amanhã vencá um distinto cavalheiro pedir sua mão.
Emília andava bem de saúde, gorda e corada.
Emília não se mostrava disposta a casar. Dizia sempre que não tinha gênio para aturar marido, além de que não via lá pelo sítio ninguém que a merecesse.
-Como não? protestou a menina - E Rabicó?
A boneca ficou indignada e declarou que jamais casaria com um medroso como aquele.
-Você está enganada, Emília, estive sabendo que Rabicó é um principe, que uma fada má transformou em porco até que ache um anel mágico escondido na barrica de certa minhoca.
Emília ficou pensativa. Ser princesa era seu sonho e se para isso fosse preciso casar-se com um fogou ou uma lata de lixo, ela o faria.
-Mas você tem certeza Narizinho?
-Certeza absoluta! Quem me contou foi o pai de Rabicó, o Sr. Visconde de Sabugosa.
-Visconde? Então o pai desse principe é Visconde só? Eu quero casar com principe filho de rei.
-Você é uma bobinha que não sabe de nada. O Visconde na verdade é muito bom rei de um reino lá atras do morro e quando ele vier reparem na cabeça dele e veja que tem um sinal de coroa ao redor da testa. Para esconder esse sinal ele usa cartola.
Emília pensou, pensou, pensou e disse:
-Aceito! Mas desde já vou dizendo que não saio daqui. Caso, mas não vou morar com Rabicó enquanto ele não virar principe novamente.
-Muito bem! Nesse caso vai preparar para receber o Visconde.
Enquanto a boneca se vestia, Narizinho correu ao pomar a procura de Pedrinho.
-De pressa, Pedrinho! Arranje-me um bom visconde de sabugo, de cartola na cabeça, e venha com ele pedir Emília em casamento.
Pedrinho fez como Narizinho pediu. Arranjou um bom sabugo, ainda com umas palhinhas no pescoço que fingiam muito bem de barba, botou-lhe braços e pernas, nariz, boca, olhos e tudo. E não esqueceu a cartolinha.
E lá foi Pedrinho com o Visconde à casa da boneca, entrou. Narizinho fez-lhe reverência. -Muito prazer Sr. Visconde! E como vai a Sra. Viscondessa.
- Sou viuvo, respondeu Visconde suspirando.
Nisto Emília apareceu à porta. 
- Se Rabico casar-se comigo só há de comer coisas gostosas e cheirosas.
Depois de saber das qualidades de Rabicó e tentada pela ideia de começar marquesa e um dia virar pricesa Emília aceitou-se casar.
Narizinho bateu palmas.
- Está tudo resolvido Sr. Visconde, abrase sua nora, a futura marquesa de Rabico...
O Visconde ergueu-se abraçou a boneca e deu-lhe um beijo na testa.
Emília, muito vermelhinha foi correndo para o quarto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário